A noite passada fui assistir com a minha sócia no Santiago Alquimista ao concerto mais intimista dos últimos tempos: João e a Sombra.
"Vamos criar aqui um ambiente bem íntimo e bem triste" foi a frase que João (ou teria sido a sua sombra?) usou em jeito de introdução para uma verdadeira demonstração de sentimentos obscuros... mas ao mesmo tempo agradáveis, em que toda aquela melancolia assentava perfeitamente no ambiente em si...
Já anda por aí à venda o EP homónimo do projecto 'João e a Sombra'.. se o virem por aí, não hesitem em trazer para casa.
Fica a sugestão de uma visita ao blog CASA DE OSSO, uma parceria do VALTER HUGO MÃE com o MR. ESGAR. O MÃE (autor do fantástico livro O APOCALIPSE DOS TRABALHADORES) é essencialmente responsável pelas letras e o ESGAR pelas ilustrações/desenhos. O último post do MR. ESGAR é um encontro entre dois grandes mestres o ADOLFO e o WAITS.
Já temos uma ilustração agora só falta uma parceria (tipo um duelo de mestres na arte da rouquidão) entre o ADOLFO e o WAITS.
Aproveito para recomendar o filme COFFE and CIGARETTES do JIM JARMUSCH (para os droogados não é bem uma recomendação é mais um recordar, nunca é de mais ver a conversa entre o WAITS e o IGGY).
Pois é, finalmente consegui sair da toca (obrigado por insistires maninho ;D) para começar a partilhar muito daquilo de que eu gosto, daquilo que vou descobrindo, bem como algumas experiências que de quando em vez tenho a oportunidade de viver.
E é com uma boa experiência que eu faço aqui a minha estreia! Já estava a sentir faltar de assistir a um bom espectáculo ao vivo e no passado dia 22 de Maio juntamente com alguns amigos, incluindo o nosso trashCanMan, voltei a ter a boa sensação de ouvidos a vibrar ao som de boa música. Foi no Music Box em Lisboa que os HandsomeFurs proporcionaram a quem lá estava um espectáculo marcado pela guitarra despreocupada de Dan Boeckner (Wolf Parade e Atlas Strategic), por vezes manuseada de uma maneira algo crua, uma atitude que se reflectia também na sua voz e pelos sintetizadores vintage de Alexei Perry, manipulados de forma efusiva e por vezes louca! Deste dialogo desordenado resultou um espectáculo que apesar de parecer curto foi muito bem conseguido, talvez impulsionado e apimentado pela embriagues dos seus protagonistas, cuja intensidade agitou toda a sala! Muito bom mesmo! :D Uma banda que há muito desejava ver em palco desde que os descobri no fantástico mundo da internet, altura em que desesperava para conseguir ouvir o álbum (Plague Park) inteiro deles por não encontrar o em lugar algum.
Deixo aqui algumas fotos do concerto e peço desde já desculpa pela baixa qualidade delas ;)
Depois de conquistar o prémio de Melhor Curta-Metragem Portuguesa no IndieLisboa’09, o filme Arena, de João Salaviza, foi o grande premiado da Competição Oficial do Festival de Cannes, recebendo a Palma D’Ouro para curtas-metragens.
Estreada mundialmente no IndieLisboa’09, Arena é a segunda curta-metragem de João Salaviza que, com apenas 25 anos e ainda a estudar cinema na Escola Superior de Teatro e Cinema, foi o único realizador português a ter um filme em competição no festival mais badalado do continente europeu.
Ora cá está o nosso amigo Lars a fazer umas partidinhas loucas! Já conseguiu escandalizar uns quantos criticositos, dividir mais umas quantas opiniões e tudo isto, rematando com uma afirmação fantástica: "Sou o maior cineasta do mundo". E és Lars, és o maior cineasta louco do mundo. Sei que é escusado dizer, mas digo há mesma... SOU FÃ e estou completamente interessada em visualizar o seu novo filho de Lars: Antichrist.
Quem o viu, ficou tipo.. assim:
Roger Ebert: "Von Trier não faz um filme sobre violência, mas sim para inflingir violência aos seus espectadores, como uma experiência. Foi anunciado que Von Trier sofreu de depressão durante e a seguir ao filme. Repara-se, sendo um dos filmes mais desesperantes que alguma vez vi.”
FirstShowing:" posso dizer que é uma grande experiência ver este filme. Os meus instintos dizem-me que gostei, mesmo sendo um filme perturbador, ou não.”
TheWrap: “uma visão do género de horror algo estranha e profundamente perversa.”
Isaac Albéniz morreu a 18 de Maio de 1909. Passam hoje, portanto, 100 anos dessa data. Trata-se de um genial compositor espanhol (Catalão, melhor dizendo), cuja obra incide especialmente nas Zarzuelas (operetas espanholas) e em música para piano. Foi um compositor muito precoce (o nosso "Mozart ibérico"), que foi influenciado pela música francesa e alemã, antes de enveredar pela descoberta das raízes culturais e folclóricas do seu país. A título de exemplo da sua obra notável, deixo-vos esta estonteante "Astúrias" (Leyenda), retirado da sua "Suite Espanhola, Op. 47", numa transcrição para guitarra (que ficou muito célebre) feita por Tarrega. O executante que vos deixo é um virtuoso (John Williams), que trata o tema com a nobreza que este merece. O original era para piano. Curtam lá este som!
No seguimento do anterior post do camarada droog Gabriel, venho divulgar uma espécie de filme que não é um filme, mas sim um conjunto de 33 curtas-metragens especialmente realizadas para o 60º aniversário do festival de Cannes em 2007. Este filme estreou esta semana em Portugal, e este senhor (eu) teve a honra de ir à borlix ver a anteestreia, fruto de mais um passatempo da Radar yeahh viva a Radar. Participaram neste projecto um batalhão de realizadores que foi capaz de conquistar a empatia de todo o público, mesmo os menos entendidos... como eu :p Podem consultar a lista AQUI e os nomes das respectivas curtas. A exigência que foi feita a cada um dos autores, ordenava que os seus trabalhos transmitissem o amor que cada um sente pelo cinema. Desta forma, muitas foram as ideias originais que estes realizadores tiveram, conseguindo surpreender cada um de forma diferente apesar de o tema central ser sempre o mesmo. Consegui reunir, depois de uma pesquisa pela net, umas quantas curtas. Não estão aquelas que eu realmente queria partilhar com vocês... mas olha temos pena. Vão ver o filme! Hasta.
Decorre de 13 a 24 de Maio o festival de Cannes 2009, aquela que é porventura a maior festa anual do cinema, em todo o mundo. O bom gosto a que Cannes nos habituou deixa sempre boas perspectivas. Mais novidades podem ser consultadas aqui, aqui, aqui, ou no inevitável cinemax (que é o que costumo consultar). Já agora, deixo aqui o meu favorito. O genial dinamarquês tem andado afastado dos prémios, mas continua a ser o meu "super-heroi" do cinema. Bom cinema!
Joey Baron é um senhor baterista, de nacionalidade norte-americana, conceituado na linha do avant-gard jazz, etc e tal.
Conheci-o há uns anos a partir da extensa obra de John Zorn, que admiro muito!
Já tive oportunidade de ver John Zorn por duas vezes, mas o raio que nunca apanho o Baron! Também costuma tocar com Bill Frisell, Naked City, e uma imensidão de outros bons músicos. Por exemplo, num projecto que admiro muito, Masada! John Zorn no sax, Dave Douglas no trompete, Greg Cohen no contrabaixo (costuma tocar com Tom Waits) e claro, Joey Baron! Neste projecto é onde mais o admiro, a tocar com as mãos e a deixar as baquetas ou as vassourinhas de lado.
Como alguns dos meus amigos devem saber, comecei aventurar-me de modo autodidacta (mas não aconselho) na bateria à cerca de 1 ano e meio... e por isso todo o meu interesse neste tipo de arte. Inclino-me para bateristas de jazz, porque prefiro as suas afinações, tipo de pratos que usam e a sua tendência para o improviso... E claro, uma bateria com look jazzy e de preferência vintage é da minha inteira eleição... Sinceramente não me estou a ver com uma bateria do género heavy-metal tipo Iron Maden (com o devido respeito), só num filme de terror... mas como não costumo apreciar cinema de terror, julgo estar mesmo fora de questão.
Este vídeo demonstra bem o que aprecio num baterista! IMAGINAÇÃO! Espero que gostem e que vos inspire!
Ah, e o meu imenso agradecimento ao trashCanMan, pela iniciativa de abrir um blog deste calibre!
À categoria AAA (Adult Album Alternative) concorreu o Luso-Iraniano Mazgani com a música Somewhere Beneath This Sky, uma entre 15.000 que sonhavam chegar aos ouvidos destes ilustres juízes com o objectivo de marcar a diferença. Sharyah Mazgani escreve no seu blog: "Moveu-me a possibilidade de ser ouvido e escutadopor este panteão de artistas, que muito admiro, e não a competição em si. Imagineicomo uma possibilidade maravilhosa o Tom Waits carregar no play da suaaparelhagem para escutar um tema meu. Era só esse o sonho". Pois é Mazz... é teu e de muito povo por aí fora, esse sonho... até o meu e não canto nem toco nenhum instrumento, bastava-me tomar um whiskey com o camarada Waits... ou uma mini sagres que escorrega bem melhor. Custa-me um pouco quando nas minhas andanças nocturnas ando à procura de um estímulo rock 'n' roll para alegrar o serão, reparo que a quase totalidade de música que os DeeJays e os Mete-Discos oferecem aos seus ouvintes é de facto música não-portuguesa, o que leva um pouco a crer que o sentimento geral, é achar que se é português... não presta. Eu sei... eu sei que sou suspeito porque também sou Mete-Discos amador, e que a maioria de música que eu meto também é de fora, mas é só a maioria... não é a grande maioria (e tenho testemunhas credíveis que o podem confirmar) por isso mora aqui um MD de grande valor :D Esta conversa toda porque o Mr Tom Waits e companhia, além de terem ouvido o Mazgani, ainda lhe atribuíram o 3º lugar na categoria onde concorreu, o que quer dizer que a aversão à música tuga só é sentida em Portugal mesmo. A verdade é que este tema em especial e todos os outros temas que ouvi são belas melodias que merecem ser ouvidas, apreciadas e discutidas nas conversas entre apreciadores de boa música. Vamos então pôr a boa música que se faz em Portugal ao mesmo nível (ou superior) da que vem de fora... se faz favor hem?
Prometo que os meus próximos MD-Sets vão dar a devida importância à música tuga! Parabéns Mazzgani... arranjaste aqui um fã!!! ou mais [[]] Hasta
